segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Identidade feminina

Um chamado da alma feminina

“ Que a mulher não permaneça dominada pelo arquétipo de uma única deusa, nem se sinta obrigada a vivenciar todas, mas que descubra seu próprio mito, construa sua própria história e privilegie sua escolha interior. Que a característica básica de mulher de participar muito de perto da criação, do nascimento, não sirva mais para lhe tirar o direito mais sagrado, nascer enquanto mulher, ser dona do desejo e vivenciar os diferentes aspectos das deusas em sua vida”
(Leda, M.D. Quinete Maas)

O “espírito” feminino sempre teve uma conotação mais subjetiva, relacionada aos sentimentos e menos as leis e princípios do mundo externo, gerando conflitos interiores devastadores para as mulheres.

Agora diante das mudanças, do pedido da alma, a necessidade de expressar-se através das condições exigentes dos dias atuais versus a necessidade interior de viver de acordo com a natureza feminina.

Esta relação com seu próprio princípio feminino é o estado que a controla do fundo de sua própria natureza, pode estar muitas vezes inconsciente de que seja isto que controla, por não ter compreensão consciente de si mesma.

O feminino tem seus próprio ritmos, gestos ancestrais, que é eterno, através da arte e memórias, envolvidos numa energia de passividade. Esse confinamento do sexo feminino diante de uma relação pode ser confundido a uma maneira limitada, até mesmo com o meio ambiente.

O caminho pra libertação do prazer e do desejo das mulheres constituiu uma grande ruptura na história, agora o chamado interno é possível ser ouvido, para fazer valer a pena, seguir nessa mesma intenção e unir-se aos potencias somando-os aos desejos e planos.

Dar vida ao íntimo, através da própria força, é uma função psicológica de alta importância, essa função de auto relacionamento, é a ponte com o mundo exterior na qualidade de sentimento consciente aceito.

Os mitos nos falam de fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da psique. Representando nosso mundo interno e que são comuns a todos nós, tornando-se compreensíveis na coletividade, como o “ideal” de todo ser humano que parte para a conquista da individualidade.

Como o mito é uma linguagem universal, coletiva, pode ser usado como ferramenta de insight, os mitos remete-nos ao profundo inconsciente, nos permitindo sonhar e ao mesmo tempo re-conhecer-nos, porque é algo gravado em nós, pulsando a espera do resgate.

Mesmo desempenhado um papel especifico na vida, temos interiormente o que é comum a todos, todos os deuses e deusas míticos têm algo impregnado em nós, que podemos reconhecer como parte integrante do nosso ser.

Não há uma ou outra coisa que nos faz completos, mas sim várias coisas, essa busca da completude que requer compreensão e auto conhecimento pode ser facilitada se formos em busca do nosso padrão natural.

Há várias características de mulheres, mesmo em uma só, mas muitas vezes não podemos ou não percebemos que em nós todas elas estão agindo, então sentimos a falta, e por isso nos cobramos por uma definição, e esta pode ser encontrada apenas pela soma de reconhecimentos.

Esse tipo de pensamento parece trazer uma “luz”, a lucidez de sermos muito mais do que pensamos ser, é preciso então identificar e assumir.
A felicidade não está fora, tudo está em nós, e só perceberemos se estivermos na intenção de sermos felizes, quanto maior essa condição de percepção, mais poderemos nos aproximar de nós mesmos, alimentando-nos com mais amor e real dedicação.

A realização não pode ser ditada, nem aprendida, pois é algo sentido, ninguém pode nos dizer o que é estar realizada, somente nossa alma pode traduzir este significado, a expressão da felicidade é a nossa busca.

O saber identificar amplia nossas potencialidades, amplia nosso gosto pela vida, nossas condições de transitarmos por esse mundo de aprendizado, cujo objetivo é de nos tornarmos felizes, de maneira mais flexível, mais calorosa, mais consciente.

Culturalmente fomos ensinados, qual seria o melhor papel a desempenhar, como um batalhão de soldados que age de modo comum e igual a todos, mas a alma, o nosso interior grita por uma unicidade, e é só através do auto conhecimento e coragem de assumir que poderemos nos realizar.

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