quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Liberdade do Feminino

LIBERDADE DO FEMININO

Partindo do princípio que a família é formadora da nossa primeira identidade social, que o papel da mulher foi estipulado para ser mãe, companheira e todos atributos femininos, pouco sobrou para a mulher como indivíduo integrador de suas próprias potencialidades e do uso natural de sua intelectualidade.
A mulher precisou passar por muitas tarefas que exigiam o máximo de si para poder perceber o quanto era capaz.
Num sistema patriarcal, a mulher sempre foi submetida a "acatar ordens" e desempenhar "papeis" segundo a ideologia dominante.
Como num confinamento do sexo feminino, em uma relação limitada, pela diferenciação sexual, traduziu-se em desigualdade de status e poder.
Um novo pacto da cultura com a natureza é o que levou a repercutir na renovação desses termos. A libertação do prazer e do desejo das mulheres constituiu a grande ruptura na história feminina.
Descobertas científicas, mutações tecnológicas, alterações importantes dos quadros da referência sócio-cultural e emergências de novas explicações e aspirações.
A rotina a ser vencida, carregada de obstáculos sociais, a assimilação da cultura e do conhecimento, o compromisso sócio-profissional, o compromisso de ser mãe e muitas vezes em choque com outras possibilidades, nos leva a repensar e a nos reposicionar perante a vida.
A discordância da alma com essa imposição, passa a ser um fator primordial diante dos questionamentos, das dúvidas e nas alianças que integram aspectos do inconsciente, que traz à tona e abre espaço para a necessidade de libertação e o desenvolvimento da consciência.
A feminilidade restrita ao lar, foi dando à mulher, através da dor, enquanto sub-julgada, condições de perceber essa diferença e de se dar conta do seu potencial; a mulher foi se percebendo como indivíduo que tinha direitos e até deveres consigo de ser plena e total.
Foi preciso transgredir alguns valores para que a sociedade também as percebessem. Foi preciso procurar uma nivelação, as pioneiras dessa luta, pagaram o preço, eram vistas como "mulheres masculinizadas" e isso as permitiu entrar num mundo tão fechado e poderoso.
O feminismo iniciou uma reviravolta, virou os valores vigentes de "cabeça pra baixo". As mulheres foram a luta!
Saindo dos limites da casa, do lar, dos filhos para se encontrarem em outras atividades fora de casa, mesmo assim em desvantagem, mesmo entrando no mundo do trabalho, mostrando-se intelectual a mulher "não podia errar, nem nunca desistir", seu sucesso passou a ser obrigatório mesmo carregado ainda de culpa.
Com sua força e persistência, não mais sozinha e nem confinada a serviços caseiros, conquistaram sua verdade interna, de ver-se capaz de conquistar o mundo e sua independência com todos atributos de mulher.
A mulher atual recuperou o que estava esquecido, ou escondido, em direção a um novo padrão de consciência.
A mulher atual não quer ser igual ao homem, que ser e exercer sua feminilidade com suas qualidades inatas e ser respeitada como indivíduo, assumindo seu papel de importância na sociedade. Agora se vendo com outros olhos, encontrando sua individualidade, sua liberdade e com isso sua independência, assim se tornando companheira por opção, e livre para fazer suas próprias escolhas. Salve!

...essa conquista positiva reflete o seu lugar na sociedade, e de Alma a mulher sabe que pode ser livre?
...ela vive essa liberdade?
...se permite reconhecer-se?
...ou será que entrou em outros novos padrões?
Vamos refletir?