domingo, 3 de outubro de 2010

Auto Imagem!

Auto-Imagem - Auto-Estima - Auto-Aceitação


Auto-imagem, se dá por aprendizagem. Refere-se ao nosso retrato mental, construido e baseado

em vivências e experiências passadas. Estimulos presentes para expectativas futuras.

Quanto mais real essa imagem de identificação e aceitação da mesma, maior facilidade de se comportar diante da vida.

Nós procedemos a partir da maneira que nos consideramos.

A auto imagem por se aprendida, é mutável.

O cérebro não dita o que é bom ou ruim, bonito ou feio, melhor ou pior. O cérebro identifica e codifica o que sentimos em relação a emoção que alimentamos, "ele" realiza nossos sentimentos.

Sentir-se é palavra BASE da auto-aceitação.

Quando pensamos em auto-imagem, vem a mente a estética fisíca, esse é o primeiro código que acionamos ao cérebro, ele obedece. Não há correção física antes que haja uma correção psicológica de valores, principalmente do auto valor.

A chamada beleza ou perfeição é surperficial, por isso não garante auto aceitação, a busca constante na melhoria da forma ou da estética é ilusoria, se não tem conteúdo no interior da embalagem.

A auto-imagem deturpada tráz grande insatisfação, percebemos que mesmo as pessoas que procuram cirurgias plásticas acabam por se ocupar disso de maneira constante, "ainda não está bom" e continuam procurando por algo que não existe: a felicidade de fora para dentro.

A insatisfação as fazem sentir-se normalmente inadequadas, incapazes, reijeitadas, e não se percebem que por elas mesmas.

Por nunca estarem prontas, nem satisfeitas consigo, por não se reconhecerem, perdem sua intenção de merecedoras, acabam por punir-se e se sabotarem.

Se nos sentimos frágeis emcionalmente nos tormamos reativos, vulneráveis, não nos sutentamos. Isso gera um grande sofrimento que é alimentado por uma "esperança" de alcançar algo que nos satisfaça, mais e mais.

Cada vez que desconfiamos da nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos sentimento

de covardia interior, nos diantanciamos de nós, bloqueamos nossas emoções, ficamos paralizados.

Não queremos pensar no que sentimos, em geral temos dificuldade de lidar com nossos sentimentos sem julgá-los.

Para isso é preciso exercitar a autocompaixão. Isso ninguem nos ensina é também auto-aprendizagem.

Só a verdade nos organiza. Nossa auto-imagem dita nosso destino.

A face física não é verdadeira, verdadeira é a face interior.

Precisamos olhar mais no profundo da nossa imagem, e perceber e aprender a valorizar nosso conteúdo, esse sim nos dá força e coragem de nos "bancar" pelo amor próprio.

É preciso exercitar sermos nossos melhores amigos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Indignação 2010.

A partir de tudo que tenho ouvido e lido a respeito do nosso país, me pergunto: porque tanta ingratidão que eu mesma tenho em relação ao meu país? Tudo está tão claro, tão perto, tão visível e eu aqui me preocupando.
Talvez esteja tão voltada para o meu umbigo que acabo nem percebendo que a “Salvação” existe e que está aí, na nossa cara. Quão ingrata eu sou.

Doce ilusão querermos pensar, não está em minhas mãos nem nas suas, está nas mãos dos nossos “salvadores”.

A espera do Messias nos faz tão cegos pela esperança da libertação que acabamos por nem perceber que “ele” já está entre nós e, ainda assim não acreditamos, não o sentimos. Quanta insensibilidade!

Relaxem todos. O fim do mundo que se anuncia para 2012 deve ser isso, pelo menos em nosso País, afinal sempre ouvi dizer que o Brasil seria o “Celeiro do mundo”. Por muitas vezes refleti sobre essa frase, então afinal entendi. O final do mundo não será para nós, para nós privilegiados, brasileiros, alias como Deus o é.

O final do mundo, para nós que “não desistimos nunca”, será o final das privações. Será de iluminação, de agregação, pois temos gênios intelectuais, gênios enviados repletos de sabedoria e de boas intenções. Esses que comandarão uma massa, tão esperançosa, tão sofrida e sacrificada. Isso parece ser bom, digno, como toda vitima sabemos que em algum momento é chegada a hora da recompensa, provavelmente ninguém o disse antes porque estavam aguardando o momento certo.

Somos filhos da pátria, e como filhos temos que ser educados e preparados para seguir aos nossos “pais”, afinal eles sempre estão certos, é deles que vem os modelos para nossa identidade.

Talvez na adolescência até poderemos ousar contestar suas idéias e ideais, para que sintamos ou conquistamos nossa própria identidade e assim descobrirmos nossa individualidade.
Individualidade? Ai deu medo... mas isso requer tempo de maturação, tempo de preparação, e além de tudo dá um trabaaalhooo...

É tão mais fácil recebermos prontas as idéias, as soluções dos nossos problemas, afinal quem sabe dos nossos problemas não somos nós, que ousadia, são eles, afinal “pais” que não percebem os filhos agem assim.

Quando estão com frio nos agasalham, quando estão com fome nos alimentam... Opa! Estou falando de uma simbiose diante de uma dependência absoluta, para serem pais “suficientemente bons” deveriam nos levar para uma independência mesmo que relativa, apesar de termos pessoas especiais que se diferem dessa condição. Sim os que estão prontos, se bastam por si só, e ainda dão conta de nós, pobres mortais do berçário.

Para que crescer, não é? Qual a vantagem nisso? Ter que pensar, refletir e diante de tantas opções “uma melhor que a outra, inclusive” ter que escolher, e pior ou o mais pesado, ter que se responsabilizar por essa escolha e ainda por cima, arcar com as conseqüências, ter que assumir o erro, aceitar e reparar esse erro, ou até aprender a se elogiar quando acerta. Se elogiar? Como fazer isso?

É... fazer isso não é fácil, dizem que para poder fazê-lo é preciso ter auto-estima, mas afinal outra dúvida, o que é mesmo auto-estima? Acho que não nos ensinaram, ou não soubemos aprender o significado dessa tal “auto-estima”. Ah então não importa, depois de uma maneira ou de outra entenderemos! “Eles” nos mostrarão o que é! Eu ouso pensar que seria não sentirmos fome, afinal eles nos “dão” comida. Não sermos ignorantes, afinal “eles” nos darão diplomas, de uma maneira até sem muita implicação com o assunto escolhido, “eles” nos darão empregos com carteira assinada, mesmo que seja por uma semana. Afinal são os números que contam. Temos que ser gratos, muito gratos.

Auto estima então deve ser isso, ser grato porque afinal de contas queremos ser salvos e felizes e a felicidade de um povo está na mãos “deles”, dos que comandam nossas mentes. É porque é!
Ah também não adianta tentar ser um filho rebelde, eles te calarão, com a frase dos “sábios”...
“façam o que mando, não façam o que faço”. Afinal, eles são os escolhidos, que olham de cima para baixo, não adianta querer levantar e voz nem muito menos a cabeça.

Deve ser por isso que quando assistimos aos chamados “debates” totalmente civilizados, que de debate não tem nada, vejo somente uma vitrine de repetições e mesmices onde ninguém ouve ninguém, muito menos as perguntas. O que passou, passou; deixem pra lá, afinal não falta mais nada tudo está perfeito, agora é só melhorar. O futuro é que conta, deve ser por isso que nos pegamos divagando, ou até mesmo delirando, com tantos números e maravilhas. Nós nunca nem tivemos o trabalho de perceber. Quanta ingratidão.

Falam bonito, então devem estar certos.

Por fim, é melhor acharmos que entendemos, e partirmos para a escolha.

Estudar a política do País, entender o que pode ser feito. Nem pensar!

Mesmo porque não temos tempo para isso, deixamos para eles, então saímos todos felizes, marchando para a “democracia obrigatória” com a esperança de que realmente a mudança está em nossas mãos... e assim viveremos felizes para sempre.