terça-feira, 22 de novembro de 2011

Amor por mim? É possível...

Amor por mim? É possível...

Muito se ouve falar sobre auto-estima, a primeira coisa que nos vêem a cabeça é a questão física, o rosto, corpo a aparência.
Diante de um trabalho psicoterápico, essa é a última questão a ser trabalhada.
Cada qual traz em si, sua fragilidade, suas feridas, suas decepções, suas mazelas, suas dúvidas.
Conforme o processo vai se desenvolvendo, se aperfeiçoando, tomando sua forma necessária percebemos que tudo está diretamente direcionado à auto-estima.
Que passa a ter um outro foco, o quanto “me amo”, o quanto “me apóio”, o quanto estou do “meu lado” em qualquer situação, o quanto “me assumo” em minhas verdades, o quanto “me aprovo”, o quanto “me considero”, o quanto “me admiro” e o quanto “me enalteço” em todas as circunstâncias e situações que acontecem em minha vida.
Para isso tudo é preciso uma grande disposição de “me perceber”, “me conhecer” e “me aceitar”.
Quanto mais próxima de “mim” mais sei das “minhas” sensações, de como meu corpo me responde, do que preciso, quanto mais consciência e lucidez tenho dessas sensações, mais ligada a essas questões “estou”.
Só posso saber de “mim” se olho e vejo, se sinto e respondo, se amparo e me cuido.
Todas essas feridas, confusões que me rodeiam passam a ter respostas e assim passo a compreender naturalmente quem sou, o que sou, como posso ser, até aonde vou, quanto e como parar.
Sem essa atenção especial, falta algo de mim para mim, não estou me alimentando de mim.
A partir das minhas experiências profissionais e pessoais, conclui que falta de auto-estima, tem muito mais a ver com “minha insegurança” pessoal, insegurança de ser eu mesma.
Qualquer decisão, iniciativa, posição, resolução que eu venha a tomar, tem muito mais a ver com a Auto-Estima do que, se me acho bonita ou feia, atraente ou insignificante.
A beleza relacionada à auto-estima é a beleza interior, tão interior que não tem a ver com julgamentos externos, com o que a sociedade espera ou com quem e o que aprendemos ser e ou fazer “o certo.”
Quando “me nutro de mim”, nutro minha estima verdadeira.
È quando eu sei e posso usar “meu termômetro” interior aquele me dá a sensação de certo e errado dentro do que é possível para mim e que me faz sentir segura.
Há muita diferença entre eu tomar posse das minhas ideias e assumi-las quando estou de acordo “comigo” do que quando todos me mostram ou me dizem o que o melhor.
O arrependimento não aparece quando “eu” decido por algo, sem influência, aparece sim, quando não me ouço, não me dou o valor ou não me reconheço diante do resultado.
Auto-estima é uma questão de postura interior, de amor próprio, de autoconhecimento, de reconhecimento de si e da auto-aceitação.

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